Sinopse Livro Um Sonho de Família 

UM SONHO DE FAMÍLIA é um relato de fatos reais, que inclui uma peculiaridade da história de FRANCISCO ALVES, que embora tenha o mesmo nome do cantor das multidões, foi um Publicitário de sucesso no BRASIL dos anos 70, que poucos conhecem. Uma pessoa “peculiar”, que além de prever a “PANDEMIA”, propôs REFLEXÕES que em tempos de COVID19 nos faz olhar com mais atenção para a Instituição Família. A comovente história deste pai, é narrada de forma lírica, por sua filha Cristina Alves.

O livro também chama a atenção para a questão do estigma associado às Doenças Mentais na Sociedade Brasileira.

Desde a adolescência eu vivi ouvindo o papai dizer:

“_Um dia o mundo vai passar por uma situação em que o dinheiro não terá valor para nada, só para comprar comida.

Meu pai também sempre dizia que quando ele partisse desta vida, o seu velório não deveria durar mais que uma hora, com pouca gente, só a família.

Por um “Capricho da Natureza”, papai partiu dessa dimensão na Quinta Feira Santa, no dia 9∕4∕2020, e independentemente da nossa vontade, tudo aconteceu do jeito como ele disse que seria.

A despedida do papai foi na Sexta feira Santa do dia 10∕4∕2020, e por uma determinação do Governo, durou uma hora, com o mundo em plena pandemia do Coronavírus, as pessoas confinadas em suas casas, os comércios fechados, as ruas vazias e o dinheiro só tinha valor para comprar comida e pagar contas. É importante dizer que ele não foi levado pela Covid19.

O papai fez outras previsões, e penso que não seria justo deixar de compartilhar esta experiência com os que o conheceram, e também com o mundo."

Palavras da autora:

“_A minha intenção com o livro UM SONHO DE FAMÍLIA, é propor uma reflexão sobre questões que as famílias tratam como tabu, e que merecem serem observadas, analisadas e colocadas em pauta nas conversas famíliares. Só assim, poderemos ampliar a percepção, e lidar com os mistérios da vida, com a naturalidade e a espiritualidade que cabe a todo ser humano.” 

 

Veja abaixo, um trecho do livro 

Introdução: A FAMÍLIA PERFEITA

A cena mais real de uma “família perfeita”, que eu consigo formar na minha cabeça, é aquela do “comercial de margarina”. E posso garantir que a família do comercial só é perfeita, porque não retrata mais do que 1 minuto de um convívio familiar. É a magia da publicidade, nos fazendo acreditar que tudo é possível! 

Porém toda vez que eu penso em família, a imagem que vem a minha mente é a do meu pai. Só mesmo um publicitário conseguiria conceber “uma ideia tão perfeita de família”, que sustentasse toda uma vida, à partir de alguns “momentos de felicidade”.

Não havia um evento familiar, em que o papai não fizesse um “discurso sobre a Família”. Ao mesmo tempo que eu gostava de ouvi-lo falar, chegou um momento em que os eventos familiares passaram a me trazer uma sensação de “saudade antecipada”. Depois dos 50, a gente começa a perceber com mais intensidade, tudo o que algum dia teremos que abrir mão para fazer parte de um possível Futuro.

Um dia os mais velhos vão embora, e os que já não são tão jovens ficam, para contar as histórias daqueles que se foram. E isto implica em uma grande responsabilidade.

Eu, quando decidi escrever este livro tive a sorte de receber, em um grupo do WhatsApp, a história do PÉ DE PERA. 

“Era uma vez um homem que tinha 4 filhos.

Ele queria que seus filhos aprendessem a não ter pressa quando fizessem seus julgamentos. Por isso, convidou cada um deles para fazer uma viagem e observar uma pereira plantada num local distante. 

O primeiro filho chegou lá no INVERNO, o segundo na PRIMAVERA, o terceiro no VERÃO e o quarto, o caçula, no OUTONO.

Quando eles retornaram, o pai os reuniu e pediu que contassem o que tinham visto.

O primeiro que chegou lá no INVERNO, disse que a árvore era feia e acrescentou:

_Além de feia, ela é seca e retorcida! 

O segundo que chegou lá na PRIMAVERA, disse que aquilo não era verdade. Contou que encontrou uma árvore cheia de botões.

O terceiro que chegou no VERÃO, disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer, a árvore era a coisa mais graciosa que ele tinha visto. 

O quarto e último filho, que chegou no OUTONO, disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas , vida e promessas.

O Pai então então explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore.

Ele disse que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação. 

A essência do que se é, só pode ser constatada no final de tudo, exatamente como acontece na natureza, se observarmos o resultado de quando todas as estações se completam.” _ Autor desconhecido.

Vou fazer o meu melhor para contar a história que virá a seguir, com um olhar ampliado que compreenda e respeite as 4 estações. 

 

1ª PARTE – A HISTÓRIA DOS QUE VIERAM ANTES 

Capítulo 1 _ A NATUREZA QUE NOS CONECTA, COM A HISTÓRIA DOS QUE VIERAM ANTES

As estações do ano… Quando tinha menos de 6 anos de idade, uma das minhas músicas preferidas era PRIMAVERA (vai chuva) , que fez sucesso na voz de Tim Maia e que o papai deixava tocar no rádio de casa e do carro . Hoje entendo que eu gostava da música, por causa do papai. Fazia parte da sua trilha sonora. 

Todos nós temos um ponto de conexão, diria mais, de intersecção, que nos une a nossa família e as pessoas que tem “questões comuns”, com a história que viemos contar neste mundo.

O que me liga ao meu pai, além da música (que conecta todo o mundo), é o gosto pelas questões que envolvem “a natureza da vida”, contar histórias, gente e uma boa prosa.

Sei muito pouco dos que vieram antes do Papai, mas sei o quanto é importante conhecer sobre a família de um Homem, para entender a sua história.

 

A FAMÍLIA DA MÃE, DO PAPAI 

A minha bisavó, morreu dormindo, quando a minha avó era ainda uma adolescente. Sempre achei que essa era uma boa morte, até entender o quanto deve ter sido difícil para a vovó e seus irmãos acordarem no meio da noite com o meu bisavô assustado, repetindo em voz alta: “A sua mãe morreu.” O que eu sei, é que desta noite em diante, tudo mudou na vida do meu bisavô, da minha avó e dos seus irmãos. Penso que foi assim que a minha avó se tornou a pessoa de Fé que eu conheci.

Morrer dormindo, pode ser bom para quem vai, mas é um susto para quem fica. 

O meu bisavô, morreu com muita idade, penso que por pouco não chegou aos cem. Quando íamos visitá-lo, ao nos aproximarmos, logo estendia a mão para tomarmos a bênção. Aqui em São Paulo virou motorista de ônibus, mas em Minas teve uma orquestra e uma padaria. A sorte é que quando o conheci, ele ainda tocava um instrumento.

A minha avó, quando o meu bisavô ainda tinha uma orquestra, tocava violino, e o seu irmão, o “famoso tio Dino”, assim como o seu pai, instrumento de sopro.

Lembro-me das diversas vezes em que, quando criança, ficava na sala junto a minha avó, aguardando o momento em que a TV iria mostrar as orquestras dos filmes antigos. Podia ser que o tio Dino aparecesse. A vovó gostava muito dele, e acho que foi por isso que durante anos deixou em seu quintal a pegada do Rex, um cachorro do Tio Dino. Eu não tive a oportunidade de conhecê-lo, morreu cedo.

Depois que ficou viúva a vovó foi trabalhar em São Paulo como doméstica, em casa de família rica. Aprendeu “os bons modos”. Fez curso de corte e costura e virou costureira, daquelas com clientela exigente.

Lembro-me da vovó dizendo a mim e as minhas irmãs, “_Vocês não devem fazer isso, são meninas de fino trato”. Ela era muito elegante, arrumava-se para ir a feira, como quem ia tomar chá da tarde com uma amiga. Prendia os cabelos em um belo coque, colocava brincos de pérola, óculos escuros e um lenço no pescoço.

 

A FAMÍLIA DO PAI, DO PAPAI 

O meu avô, como era costume antigamente, casou-se jovem com a vovó. Tiveram três filhos. Meu pai era o filho número dois. Minha avó ficou viúva cedo. O papai não tinha mais que 3 anos, e ainda assim dizia ver o vovô depois que ele deixou este mundo. Meu avô partiu desta vida em uma explosão, que aconteceu acidentalmente, na pedreira onde trabalhava. Nunca falamos muito sobre este assunto. O que eu sei é que nos seus últimos momentos de vida, as suas palavras foram um pedido aos Reis Magos, para que protegessem a sua família. Meu avô, assim como a vovó, também era um homem de Fé. 

A minha bisavó, era parteira. 

Sobre o meu bisavô, eu não sei nada. 

O meu avô teve padrasto. - Cheguei a conhecê lo em um passeio de férias por Minas. Deve ter sido um bom sogro, caso contrário a vovó não teria motivos para levar os netos a conhecê-lo. 

Era um senhor respeitado na região em que morava, tinha muito conhecimento sobre as propriedades medicinais das ervas. Quase não conheço a história dos que vieram antes do meu avô paterno, mas o pouco que sei já me permite criar laços de amor e respeito.

 

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