Você está feliz com o seu trabalho? O seu trabalho é um fardo ou uma oportunidade para expressar os seus talentos?

31/01/2016 07:47

 

“O que vem ai em 2016 , depende do que cada um fizer, se você fizer o que gosta, o que sabe, vai ajudar a fazer de 2016 um ano novo.....”

Este é um trecho da mensagem que a Globo veiculou no início do ano , com a atriz Fernanda Montenegro e a atriz mirim Mel Maia.

 

Depois de entender “que o suprimento vem de Deus e não do homem”, conforme contei no post anterior, aconteceu uma coisa estranha, era ótimo ter uma fonte de renda, mas com o passar do tempo (2 meses), além das coisas que eu gostava de fazer, eu também fiquei responsável por tarefas administrativas.

O fato é que Deus havia me dado um emprego onde durante dois meses eu fui  muito feliz, tudo o que eu fazia estava de acordo com o que eu gostava e sabia fazer, só no 3º mês é que eu me dei conta de que teria que fazer algumas tarefas administrativas. Mesmo procurando fazer o meu melhor, as tarefas estavam me causando o maior estresse. Foi então que surgiram alguns questionamentos que não me saiam da cabeça:

Como eu podia, dois meses depois de ter recebido um emprego de Deus,  já estar reclamando?

Por outro lado  e se esta história fosse  a oportunidade, para refletir sobre uma outra questão ainda mais profunda:

 

Será que existe um plano de Deus, a vontade de Deus, ou uma missão que eu tenho que cumprir com o trabalho?

Se havia uma missão, um plano de Deus e eu estava disposta a colaborar,  porque não recebia uma inspiração clara, para entender exatamente o que Deus queria que eu fizesse?

 

Será que não existe missão alguma e a vontade de Deus, é apenas que eu seja feliz?

Se a vontade de Deus era apenas “que eu fosse feliz”? Então eu precisava decidir se continuaria ou não, fazendo tarefas que me causavam tanto estresse.

 

Quem acompanha o site sabe que  tenho o costume de no final de um artigo, já informar qual vai ser o assunto da próxima edição. Na maioria das vezes, no que diz respeito ao Blog da Cristina, mesmo sem saber o que eu vou escrever,  coloco um tema sobre o qual eu sinto que preciso refletir.

Posso dizer que foi só agora que comecei a digitar este texto, que um insight veio a minha mente através da lembrança do meu primeiro emprego, há 32 anos atrás. Naquele tempo os classificados dos jornais eram repletos de oportunidades de trabalho e eu olhava para os anúncios e pensava:

_Será que existe algo além do que me ensinaram a fazer, que eu seja capaz de realizar e que tenha mais a ver com as minhas aptidões?

 

Eu era muito nova, havia feito o magistério, mas trabalhava em um negócio familiar e era responsável pelo  “contas a pagar e receber”. Ter que me responsabilizar por controles administrativos,  era “muito chato”.

 

Como o universo sempre conspira a favor, houve uma sequência de acontecimentos que me levaram a trabalhar em ponto de venda, depois em treinamento e foi aí que eu entendi o que era ser feliz no trabalho.

 

Na publicação anterior, quando coloquei o tema “se você fizer o que gosta, o que sabe, vai ajudar a fazer de 2016 um ano novo...”, eu achava que ia escrever sobre o quanto é importante fazer o que sabe e o que gosta, mas os acontecimentos das últimas semanas e o insight que tive com a lembrança do meu primeiro emprego, me fizeram ver este tema sob uma outra perspectiva.

 

Foi a lembrança do primeiro emprego, que me fez ter o insight de que eu estava vivendo um replay de uma situação que aconteceu há 32 anos, só havia mudado o cenário. Posso dizer que este insight me deu a resposta para a reflexão inicial:

Será que existe um plano de Deus, uma missão, ou o plano de Deus é apenas que eu seja feliz?

 

A minha resposta é : O plano de Deus é que eu seja feliz!!!!!

 

Mas se o plano de Deus é que eu seja feliz, porque o trabalho que ele me deu incluía tarefas administrativas?

 

Neste momento penso que não existe uma missão ou  um plano específico. Acredito que Deus me deu a vida, talentos, habilidades e me deu o livre arbítrio para fazer escolhas e o que Deus espera de mim, é que eu faça escolhas que me façam feliz.

Acredito também que o trabalho é uma das maneiras que Deus encontrou para garantir a minha evolução no dia a dia.

 

Lembrando do meu primeiro emprego, me recordei das escolhas que fiz quando fui trabalhar no ponto de venda. Tive que superar o  preconceito,  porque vinha de uma classe média alta e parecia que não fazia muito sentido eu virar “demonstradora”. Tive que superar o medo porque não sabia exatamente aonde as minhas escolhas iriam me levar, mas tinha a certeza de que não estava mais me obrigando a fazer algo que não me fazia feliz,  e a partir daí o universo conspirou a meu favor.

 

Você deve estar se perguntando como eu resolvi a questão  administrativa em minha vida. Nesta última semana eu tive um outro insight , com uma lembrança de 5 anos atrás, que fez com que eu entendesse que o meu  problema com o trabalho administrativo, tinha a ver com RESPONSABILIDADE e SENSO CRÍTICO.

 

Eu desde criança sempre gostei de desenhar, pintar, criar, montar quebra cabeça, fazer palavras cruzadas, ler,  brincar com jogos de estratégia porque nestas atividades  eu sempre atendia as expectativas dos adultos, mas por motivos que desconheço, desde  cedo também descobri que exatas, prejudicavam a minha avaliação, por isso sempre evitei tudo que estivesse ligado a exatas. 

 

Desde criança eu sempre gostei de ser bem avaliada, fui responsável e tive um alto senso critico (beirando o perfeccionismo).

 

Na minha vida adulta, o meu senso de responsabilidade,  fez com que eu não medisse esforços para cumprir o combinado e o meu alto senso critico (que sempre beirou o perfeccionismo), fez com que eu quisesse  “atender as expectativas”, sempre. Agora eu entendo que o meu alto senso critico, que não gosta de errar nunca, prefere as tarefas que eu faço com facilidade, porque desta forma fica mais fácil acertar.

 

Mas você ainda deve estar se perguntando, como eu solucionei  a questão do administrativo que estava me causando tanto estresse.

1º Resolvi acreditar na capacidade que Deus me deu, de realizar tudo o que eu escolhesse fazer. Escolhi não resistir ao administrativo e fazer uma experiência, até entender o que o trabalho estava querendo me ensinar.

 

Foi aí que eu entendi que:

 

Era preciso baixar a minha necessidade de ser sempre “muito bem avaliada”, o que não mudou em nada a minha consciência em relação a fazer o meu melhor.

 

Precisava trabalhar o medo de errar, de ser repreendida.

 

Precisava trabalhar a maneira como eu reagia a reação das pessoas, sempre que eu não atendia as suas expectativas. Posso dizer que embora este seja o último item da lista, foi o mais  importante.

 

Para refletir:

Deus nos deu todos os talentos, para que nós pudéssemos escolher quando usá-los. No decorrer da vida, nós é que vamos limitando a nossa capacidade.

 

Mais importante do que a reação das pessoas, é como você reage a reação delas. O mundo muda, quando você muda a sua maneira de reagir ao mundo.

 

Tudo o que aprendi nesta última temporada não me ajudou só no trabalho, está me ajudando na vida.

 

O que eu posso dizer para você é que agora, as tarefas administrativas deixaram de ser “uma coisa chata” para ser um “desafio”, quase um jogo de estratégia. O estresse caiu para um nível normal, e é uma satisfação muito grande descobrir do que eu sou capaz.

 

Eu ainda sonho com o dia em que vou poder aproveitar o melhor da vida sem ter que me subordinar ao relógio, com recursos financeiros ilimitados e fazendo tudo o que quero e gosto.

 

Mas de acordo com as minhas teorias, esse dia vai chegar quando eu acreditar que já aprendi tudo o que o trabalho pode me ensinar. E é por isso que me conhecendo como me conheço, enquanto eu acreditar que tenho alguma coisa a aprender com o trabalho, não vou abrir mão das oportunidades de aprendizado que ele possa  me oferecer.

 

Penso que em toda situação difícil de levar, tem uma pergunta que não posso deixar de fazer: “O que é que a vida está tentando me ensinar?”

 

Um abraço,

 

Cristina Alves


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