O QUE EXISTE DE REAL NO MEDO DA CRISE?

15/10/2015 08:28

 

Se você não resgatar a sua paz , essa fase que vai passar, pode deixar sequelas. Conversar com a família sobre o assunto, ajuda a encontrar caminhos para manter o equilíbrio e a saúde.

É só ligar a TV, ou passar um dia todo fora de casa, que em algum momento você vai ouvir alguém falando da crise.

Houve uma vez que eu me peguei meio angustiada e ansiosa, por causa desta história de crise. Estava com medo de perder o emprego. Quando percebi o que estava acontecendo, me perguntei o que de pior poderia acontecer se, por um acaso, eu realmente ficasse desempregada. Pensando sobre o assunto, descobri que estava angustiada, porque simplesmente não saberia o que fazer e então, por um momento, considerei a possibilidade de perder o emprego e enumerei os possíveis problemas que poderiam surgir desta situação:

Medo de não conseguir arcar com os compromissos financeiros;

Medo de não arranjar outro emprego logo;

Medo de não arranjar um emprego com um salário tão bom, quanto o que eu tinha;

Medo de ter que abrir mão do conforto, viajens e lazer que os meus ganhos me permitiam naquele momento;

Medo de ter um “sentimento de inadequação”, por estar desempregada.

Por fim, descobri que a coisa não era tão feia quanto parecia, simplificando, eu só precisava tomar 2 atitudes para acabar com o medo:

Saber o que fazer em relação as questões financeiras;

Trabalhar a questão da autoestima.

 

Em 26 anos de vida profissional e 4 demissões, aprendi que uma maneira prática de acabar com os medos relacionados a questões financeiras (suprimentos), no caso de uma demissão, é organizar-se de forma que os valores da rescisão, mais as suas reservas, sejam suficientes para lhe dar pelo menos 1 ano de tranquilidade financeira, sem ter que abrir mão da qualidade de vida que você tem hoje.

 1 ano é um tempo razoável para colocar em prática, algumas estratégias para se restabelecer.

É importante ter a consciência que sem uma organização financeira, que permita criar um “fundo reserva”, você sempre estará a mercê das consequências de uma crise econômica.

Independentemente de crise é importante estabelecer qual é a verba necessária, para cobrir o seu orçamento individual ou familiar.

Se for necessário faça ajustes nos gastos, para que os seus ganhos sejam suficientes para cobrir o orçamento e o fundo reserva.

No caso de orçamento familiar, é necessário se fazer a seguinte pergunta: Todos da casa, que tenham idade suficiente para entender o que é um “compromisso financeiro”, tem o conhecimento de quais são os valores que envolvem as despesas da família?

Não existe orçamento familiar, quando apenas um ou outro sabe o que se gasta na casa. É preciso criar um espírito de equipe, onde todos tenham ciência dos compromissos financeiros da família, e desta forma possam colaborar com ideias tanto para otimizar os recursos quanto, em caso de um desemprego, colaborar com ideias para a solução de possíveis problemas.

Compartilhar as questões financeiras com a família, diminui bastante o peso da responsabilidade que muitos provedores carregam sozinhos, além de formar um senso de colaboração familiar, capaz de superar qualquer crise e ajudar nas questões relacionadas a baixa autoestima.

Para finalizar este artigo, vou citar um trecho da apostila FAZER E VENDER É O SEU NEGÓCIO, em que eu conto uma história que aconteceu comigo, e fez com que eu repensasse o medo de não ter o suprimento financeiro suficiente para atender as minhas necessidades.

 

Uma história que aconteceu comigo!

 

Durante o período de Janeiro a Abril de 2000 eu vendi terrenos às margens de uma represa. Com quase um mês de trabalho, diga-se de passagem muito trabalho, eu só havia vendido um terreno. Estava chateada porque, ao meu ver, alguns colegas que tinham métodos de trabalho displicentes conseguiam vender enquanto que eu, apesar de todo o meu ESFORÇO não conseguia nada.

Certo dia cheguei a conclusão de que algo não estava certo e que só podia haver dois  motivos para isto:

1. Eu  estava no caminho errado

2. Eu estava com crenças limitantes. Inconscientemente acreditava que não podia vender.

Neste dia, como frequentemente faço diante de um problema, pedi a Deus que através de um livro eu recebesse a palavra de orientação que mais pudesse me ajudar em relação a questão. Abri o livro em uma página que dizia o seguinte: “ A batalha é de Deus e não do homem.”

Eu interpretei a frase da seguinte maneira: Tudo o que eu podia fazer eu já havia feito, sendo assim só me restava confiar na solução Divina. A Inspiração que eu tive foi a de que eu não deveria fazer nada, já que “a batalha é de Deus e não do Homem” eu deveria simplesmente esperar por uma grande venda, um terreno na beira da represa (era o de maior valor na tabela).  Propositalmente naquele dia não fiz contato com nenhum cliente. No final da tarde, meu supervisor ligou e me passou uma indicação. No dia seguinte a caminho da visita ao cliente senti uma sensação de realização que a muito eu não sentia.

No 1º instante da conversa com o cliente, ele declarou que só lhe interessavam os terrenos na beira da represa.

O 1º erro_ Eu vendedora aplicada que era, estava muito bem preparada, mas só para vender os terrenos de pequeno e médio porte. Na verdade eu nunca pensei que fosse vender um terreno tão caro, “ na beira da represa”.

Na hora de localizar o terreno no mapa me atrapalhei toda, mas para a minha sorte, o cliente tinha dois filhos, ainda crianças, que pegaram uma lupa e começaram a brincar de “achar terrenos na beira da represa”. Foi assim que eu ganhei tempo para consertar a situação!

O 2º erro_ De acordo com a orientação da supervisão, eu deveria acompanhar o meu cliente até o empreendimento, pois muitos desistiam no meio do caminho porque os terrenos ficavam a aproximadamente 3 horas de São Paulo.
Eu achei indelicado me convidar para ir de carona com o cliente. Fui de condução para o empreendimento e por isso tive que “aturar” os colegas dizendo que “não acreditavam” que eu havia deixado o meu cliente ir sozinho para o empreendimento. Afinal era um terreno na beira da represa!

A cada represália dos colegas eu me apegava firme a ideia de que se até aquele momento Deus havia providenciado  tudo, não seria naquela hora que ele ia falhar , afinal “a batalha era de Deus e não do Homem!”.

Quando eu vi a família chegando no empreendimento foi uma grande alegria. A esposa do cliente me contou que quase desistiram, mas a filhinha do casal insistiu para que eles fossem até o local.

Sabendo da minha falta de experiência na localização dos lotes, a supervisão solicitou que eu fizesse parceria com um colega na venda do terreno, mas assim que o cliente teve a oportunidade de se afastar do outro vendedor, ele me disse o seguinte:

“_Nós queremos comprar o terreno com você! Você é uma mulher batalhadora e eu tenho certeza de que VOCÊ vai conseguir um terreno do jeito que eu quero!”

Tive que aguardar aproximadamente duas semanas até conseguir um terreno que estivesse de acordo com as especificações do cliente. Em uma das visitas para informar como estava o processo de aquisição do terreno, a esposa do cliente me disse o seguinte: “ Pode ficar tranqüila que nós vamos comprar alguma coisa com você!” Esta atitude me surpreendeu, afinal eu estava vendendo terrenos e mesmo que não fosse na beira da represa, ainda assim implicava em um investimento considerável. Era como se o tempo todo o universo estivesse querendo deixar claro que “aquela venda” era o resultado de um pedido atendido, nada poderia interferir no resultado, desde que eu acreditasse na Venda.

Desde os primeiros sinais de compra até o dia em que peguei o cheque da minha comissão nas mãos, o meu maior trabalho foi “apenas” manter a ideia fixa de que  a batalha era  de Deus. Era só seguir a inspiração que o melhor seria feito.

Foi assim que, conforme o meu pedido, eu vendi um terreno na beira da represa.

Uma curiosidade_ O cliente só entrou em contato com o empreendimento solicitando a visita de um vendedor, porque o seu filho, um menino de aproximadamente 11 anos, viu a propaganda no site, depois na TV e insistiu para que o pai ligasse. A meu ver a natureza escolhe os mais diversos caminhos para suprir os nossos desejos e necessidades.

 

Conclusão: O episódio do terreno fez com que eu percebesse que mais importante do que todo o meu conhecimento e habilidades,  era a energia que eu criava ao meu redor, através das minhas crenças, pensamentos e sentimentos. Este acontecimento foi o marco de uma nova consciência em relação a minha percepção da energia.

A maioria das pessoas acreditam que para realizar algo, é preciso muito esforço e trabalho e por isso se colocam a fazer “uma coisa atrás da outra” para garantir os resultados.

Acredito que na maioria das vezes não é necessário tanto trabalho assim. O trabalho maior e ao qual nós precisamos nos dedicar com afinco é o de manter a nossa ATENÇÃO, a nossa ENERGIA na crença firme de que para cada pedido já existe um suprimento. No mais é só seguir a inspiração, e ela virá, por que a “Batalha é de Deus e não do Homem!”.

 


Veja na próxima publicação (22/10/2015):

Como criar um fundo reserva

 

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